
A obesidade infantil vem em uma crescente tornando-se uma epidemia em todas as classes sociais e se tornou um problema de saúde pública. Segundo dados da Sociedade de Pediatria de São Paulo, 10% das crianças e 20% dos adolescentes brasileiros estão obesos. E esses números estão crescendo rapidamente. Por quê? Nossa sociedade, nos últimos 40 anos, passou por grandes mudanças culturais que alteraram comportamentos e hábitos. Algumas delas atingiram diretamente as crianças. Ao contrário de seus pais e avós, as crianças de hoje não conseguem usufruir de espaços para realizarem brincadeiras. Os maiores recordam-se da liberdade que tiveram na infância para brincar e interagir com outras crianças. Andava-se de bicicleta, jogava-se bola nos “campinhos” improvisados e realizavam dezenas de brincadeiras que envolviam correr, pular, girar, essas brincadeiras eram muito prazerosamente compartilhadas com a “molecada” na rua.Com relação à alimentação também era tudo bem diferente. Refrigerante, bolos, doces e salgadinhos eram sinônimos de festa. Sorvete? Um para cada um, nos dia de calor.
A nossa alimentação era feita em casa e se baseava no “arroz com feijão”, acompanhados de carne, verduras e salada. A sobremesa? Frutas da época. As refeições eram consumidas em família, na mesa, e havia horários. Comer no quarto só quando se estava doente. Nesse tempo, éramos magros e ninguém sonhava com uma epidemia de obesidade. Eram casos isolados.Atualmente as crianças passam um tempo enorme em frente à TV, no computador ou jogando videogame. Ao mesmo tempo, comem comidas super calóricas, ricas em açúcar e gordura. Muitos pais se sentem aliviados aos verem os filhos assim “quietos”. Porém, vários estudos já demonstraram que a obesidade infantil está relacionada diretamente com o número de horas que as crianças assistem TV. Os pesquisadores constataram que, quanto mais horas por dia elas permanecem em frente à tela, maior é seu peso.
Do ponto de vista psicológico, os alimentos às vezes se transformam num meio dos pais expressarem carinho ou de aliviar a culpa. No momento atual, pais e mães têm atividades profissionais que os limitam de passar um tempo maior com os filhos. Alguns, para compensar a ausência, deixam à disposição dos filhos suas guloseimas preferidas, recheando a dispensa e a geladeira com aqueles alimentos que as crianças “adoram”. E, para evitar tornarem-se “chatos” no pouco tempo que tem com os filhos, deixam de colocar limites, quanto e o que vão comer.Todos esses fatores juntos, justificam essa crescente no tocante a obesidade infantil, não é verdade?“O que você tem feito para melhorar a qualidade de vida do seu filho? Estudo realizado na Peninsula Medical School in Plymouth, no Reino Unido, mostrou que uma hora de exercícios moderados por dia não são suficientes para evitar a obesidade infantil. Mas isso não significa que a atividade física não seja fundamental para a criança.
Mesmo sem alterações no peso, as crianças que praticavam exercícios, analisadas nesta pesquisa, tiveram melhora metabólica; como pressão arterial, colesterol, triglicérides, glicemia. “Para trazer também alterações de peso, a atividade física tem de estar associada a mudanças alimentares” (Fonte: Revista Crescer) Os exercícios físicos devem ser feitos diariamente, de maneira lúdica sem o cunho competitivo com o intuito de proporcionar prazer. Os fatores que dificultam que as crianças saiam de casa, principalmente nas grandes cidades, não devem ser desculpa para que elas não pratiquem algum tipo de exercício. Essas atividades não devem ser trocadas por TV e computadores. Seja na escola, ou no playground do prédio, no clube ou no parque, há sempre um espaço para essas praticas. Outro importante fator levantado na mesma pesquisa realizada na Peninsula Medical School in Plymouth, e que as meninas praticam menos atividade física do que os meninos. Sendo algo comum é cultural na maioria dos países.
Para os meninos basta ter uma bola por perto para começarem a se exercitar, o mesmo não acontecendo com as meninas que precisam de mais incentivo para pratica de exercícios. E essa preocupação será importante no desenvolvimento delas uma vez que, na adolescência, com as mudanças hormonais, elas têm mais chance de engordar que os garotos.
“O controle da obesidade é possível! O primeiro passo é tomar a decisão de
mudar, Esquecer as pílulas, fórmulas, dietas e cirurgias mágicas – porque – elas
não existem! Procurar profissionais sérios que possam orientar e introduzir
hábitos saudáveis de vida, alimentar-se corretamente e o mais importante,
encontrar o equilíbrio interior”.
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