Quem sou eu

Minha foto
Sou um PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA e apaixonado pelo que faço... respeito, amo e faço do melhor pra esta área de tantos leques de ação ser um ambiente de intervenção pedagógica e ao mesmo tempo de prazer!

domingo, 25 de janeiro de 2009

Exercícios físicos simples beneficiam o cérebro de idosos


Exercícios físicos podem ser tão bons para o cérebro quanto são para o corpo de idosos, afirma estudo divulgado no jornal norte-americano HealthDay.


A pesquisa realizada com mulheres canadenses com mais de 65 anos revelou que aquelas que praticam exercícios aeróbicos regulares tiveram a contagem das funções cognitivas 10% mais alta do que as que não fizeram nenhuma atividade.
As mulheres ativas também tiveram pressão arterial mais baixa (no descanso e durante o exercício) e melhores respostas no cérebro, sugerindo que quanto melhor for o fluxo de sangue, melhor será a capacidade de pensar, segundo o estudo.

"Ser sedentário é hoje considerado um fator de risco para derrame e demência",
afirma o autor do estudo, Marc Poulin, professor da Faculdade de Medicina da
Universidade de Calgary, no Canadá.
Segundo ele, o estudo prova pela primeira vez que pessoas que estão em forma oferece melhor fluxo de sangue para o cérebro, o que melhora as capacidades cognitivas.
"A mensagem que deve ficar desse estudo é que exercícios básicos --algo simples, comosair para caminhar todos os dias, por exemplo-- é fundamental para manter a saúde mental ao longo dos anos", finaliza Poulin.


Folha Online

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Escalada e Montanhismo, são esportes?


Balé é esporte ? E a escalada ? E o montanhismo ? O artigo tenta levar o leitor a refletir sobre estas e outras questões.


Você até pode achar que o título desse ensaio não tem relação com o montanhismo ou com a escalada, mas a pergunta é muito pertinente pois ela nos leva a refletir sobre o quê, afinal de contas, é “esporte” ?

Uma definição rápida para esporte poderia ser algo como “são atividades
competitivas realizadas pelo esforço físico e habilidades de uma certa pessoa ou
grupo”.
Então a natação, a corrida, o atletismo, o vôlei, o basquete e o futebol são esportes ! E até mesmo atividades que não exigem um esforço físico também são esportes, como por exemplo, o xadrez (que exige uma considerável habilidade mental). O cerne de todas essas atividades é o caráter competitivo que elas podem assumir.
Ao jogar futebol, montam-se os times, cujo objetivo é um grupo vencer ao outro. Os esportes coletivos são sempre assim : um grupo tentando vencer o outro grupo. O mesmo aplica-se aos esportes individuais : tênis, golfe, bocha, arco e flecha...
E o balé ? O balé não parece ser um esporte... tudo bem que para ser um bom bailarino é necessário treinar o corpo durante anos, com considerável esforço físico, mas não vemos competições de balé ou torneios onde se escolhem “o melhor bailarino”. O balé é dança, movimento, expressão corporal, emoção... e para aprender balé com certeza você não irá procurar um professor de educação física e sim um bailarino com anos de prática !
Escolhi o balé como exemplo pois o montanhismo e a escalada não são muito diferentes do balé.
O contato com a natureza, a contemplação de um nascer do sol ou de um riacho formado pela água que desce das montanhas, a satisfação de finalmente conseguir fazer aquela via de escalada a tanto tempo desejada... e apesar de muitas vezes nesse processo estar envolvida uma considerável atividade física, falta ao montanhismo uma característica comum aos esportes, que é a sua natureza competitiva.
Mas o leitor pode me questionar e dizer : Espere aí... Esporte não é só competição ! Ele pode ser praticado sem esse caráter de vencer a outros, ele pode ser lúdico ou simplesmente recreativo !
O esporte pode ser uma atividade física para simples diversão ! E isso
certamente é verdade : o dicionário Huaiss define esporte da seguinte
forma " atividade física regular, com fins de recreação e/ou de manutenção do
condicionamento corporal e da saúde”.
Escrevo este texto pois quero chamar a atenção para a grande distância que separa a escalada esportiva ou competitiva , com suas regras, campeonatos e títulos de “melhor do mundo” das demais vertentes do montanhismo. Quero mostrar que o montanhismo está para a escalada esportiva assim como o balé está para a ginástica olímpica. Há uma grande diferença entre os propósitos e as características dos participantes... A escalada esportiva (ou indoor) surgiu no final da década de 60, sendo que a maioria dos textos diz que surgiu na Europa para que o pessoal pudesse manter-se em atividade durante o inverno, quando não era possível escalar as rochas e montanhas. A escalada esportiva evoluiu e hoje temos campeonatos regionais, estaduais, nacionais, continentais e mundiais ! Com regras claras e muito bem definidas !
Voltemos ao “esporte”. O montanhismo é esporte ? e a escalada de “big wall” é esporte ? Escalada tradicional é esporte ?
Não existem campeonatos ou torneios de montanhismo. A preocupação de quem escala uma via complexa em artificial A3 não é a de ser melhor ou mais rápido do que outro, e sim em escalar com segurança.Embora o montanhismo e todas as suas vertentes de escalada (esportiva, tradicional, big wall, velocidade, alpina, alta montanha, etc...) possam ser encaradas como sendo atividades esportivas, incomoda-me querer transformar a essência do montanhismo em algo capitalizável, com conceitos do tipo “ganhador” ou “vencedor”.
Certamente faz parte de nossa sociedade ocidental e do caráter midiático que estamos inseridos querer definir “quem é o mais, o melhor, o maior”... e tenta-se aplicar esse tipo de raciocínio para tudo ! Dessa forma surgem filmes como “a montanha assassina” e títulos como “o maior escalador do mundo”.
É fácil deixar-se conduzir por esse tipo de sedução. Recentemente surgiu o conceito de “esportes da natureza”, e pasme : no Brasil os “esportes da natureza” estão sob a alçada do Ministério do Turismo (e não do Ministério do Esporte), em outras palavras... para o público não especializado, a descida de cachoeiras, o rapel, a tirolesa, a caminhada, as corridas de aventura, o montanhismo e a escalada são todos “esportes da natureza”, “esportes radicais”. É a nossa natureza capitalista de inserir toda atividade em um contexto de lucro ou competição.
Surgiram “parques de aventura” e é cada vez mais fácil encontrar lugares com uma lanchonete, um muro de escalada, uma travessia do tipo “falsa baiana” e uma tirolesa para divertir a criançada...
O montanhismo possui um órgão máximo internacional conhecido como UIAA - União Internacional das Associações Alpinas, ou para o nosso bom português, simplesmente “União Internacional das Associações de Montanha”. As nossas federações estaduais vinculam-se à esta UIAA.
Já a parte competitiva do montanhismo vincula-se à outra entidade, no estado de São Paulo, por exemplo, temos a APEE – Associação Paulista de Escalada Esportiva.
O ponto importante é que tanto a escalada esportiva, com o seu escalador mais determinado a ganhar um campeonato, quanto o mais esotérico montanhista que caminha pelo Himalaia, ambos estão fazendo, de certa forma, Montanhismo !
A APEE vincula-se à FEMESP (Federação de Montanhismo do Estado de São Paulo), e esta certamente apóia as atividades da APEE. Ambas partilham dos propósitos da UIAA, entretanto, as formas de conduzir ou partilhar a relação com a montanha podem ser diferentes... Enquanto um preocupa-se com o aspecto competitivo da escalada, para o outro, isso não possui relevância.


Acredito que tanto o montanhismo quanto a escalada esportiva possuem uma
profunda natureza cooperativa, onde é necessário confiança no escalador que lhe
dá segurança, onde durante uma caminhada de aproximação ao cume de uma montanha,
partilham-se e divide-se a carga entre os participantes... O mais forte leva um
pouco do peso da mochila do mais fraco, ao invés de preocupar-se em “chegar
primeiro”... Existem exceções ? Certamente. E quero crer que elas
são pontuais e não corriqueiras.


Escalada é esporte, mas não apenas isso... Escalada é arte, é expressão corporal, é estilo, é diversão e porque não... pode ser também competição !
E dados os conceitos de esporte e arte, e colocando a escalada em cada uma delas a que conclusão chegamos ? Sinceramente, nenhuma. A escalada pode ser considerada um esporte e também uma forma de arte, mas o montanhismo sempre é, e sempre será montanhismo, sem precisar ser encaixado em alguma definição, sendo apenas praticado e vivido.

Por Davi Marski, Alta Montanha.com.br.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

MEDITAÇÃO X DIETAS


Relaxar é mais eficaz que dieta para emagrecer, sugere estudo!


Relaxar pode ser uma forma mais eficaz de perder peso do que fazer dieta, sugeriu um estudo da Universidade de Otago, na Nova Zelândia.
A pesquisa acompanhou por dois anos o progresso de 225 mulheres com o peso acima da média e obesas que, divididas em três grupos, participaram de programas diferentes que incluíam meditação e visualização positiva; exercício físico e nutrição e folhetos com informações nutricionais.
Cada programa tinha a duração de dez semanas. O primeiro grupo foi o que teve mais sucesso na perda de peso - uma média de 2,5 quilos.
"Nós descobrimos que a intervenção mais bem sucedida envolveu o intenso treinamento em técnicas de relaxamento ao mesmo tempo em que equipamos as mulheres para reconhecerem e evitarem estresse que leva (uma pessoa) a comer", disse a co-autora da pesquisa, Caroline Horwath, do Departamento de Nutrição Humana.
Longo prazo
Horwath disse que o fato de os programas "terem sucesso em impedir o aumento do peso por 12 meses é um resultado muito positivo".
A pesquisa mostrou que a abordagem dietética tradicional de restringir tanto calorias quanto tipos de alimento traz poucos resultados em se conseguir a perda de peso no longo prazo, afirmou Horwath.
"Dentro de cinco anos, várias pessoas em dieta recuperaram o peso que perderam e acabam mais pesadas do que quando começaram. Elas também tendem a desenvolver atitudes muito insalubres em relação a comida e perdem sua habilidade natural para reconhecer quando estão com fome ou saciadas."
A abordagem sem dieta se concentra em melhorar o estilo de vida para reforçar a saúde independentemente da perda de peso, disse a pesquisadora.
"Todos os três tipos de intervenção no estudo encorajaram mulheres a se libertarem de dietas crônicas e a fazerem mudanças sustentáveis no seu estilo de vida. Isto incluiu prestar atenção na sensação de fome e saciedade, ao invés de se concentrar na perda de peso."
"Nós fornecemos ferramentas para ajudá-las a lidar com pensamentos, emoções e atitudes para encorajá-las a recuperar o prazer de comer como uma atividade natural ligada à fome ao invés de ao estresse."
O programa, adaptado de um desenvolvido pela Harvard Mind-Body Medical Institute, mostrou uma melhoria significativa na redução de sintomas psicológicos como ansiedade e depressão e sintomas médicos como dor, fadiga e insônia, concluiu Horwath.
O estudo foi divulgado no American Journal of Health Promotion.


21/01/2009 - 07h49 ( GAZETAONLINE.COM.BR )

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

CORRIDAS E CAMINHADAS


Corrida e Caminhada fazem a diferença no mundo corporativo


Empresas apostam em atividades físicas para elevar a auto-estima, reduzir turn over e melhorar a qualidade de vida dos funcionários.


A prática de atividades físicas, como corrida e caminhada, ajuda a controlar a pressão arterial, regula os níveis de colesterol, contribui para a perda de peso e previne diversas doenças, como a osteoporose. A novidade é que as empresas estão descobrindo que o bem-estar físico e mental oferecidos por estas atividades tem refletido no ambiente de trabalho. Integração de funcionários, aumento de produtividade e redução das faltas são alguns dos resultados obtidos por empresas que incentivam a prática. De acordo com dados do Ministério da Saúde, os programas de bem-estar oferecidos pelas instituições podem aumentar a produtividade dos funcionários em 5% e reduzir em 15% as faltas ao trabalho.
O corretor Vicente Nardelli sempre arranjava um motivo para adiar a promessa de começar a praticar caminhadas. Foi quando recebeu viu a divulgação da Lar Imóveis, empresa para a qual faz parceria de vendas, divulgando que estaria disponibilizando um programa de treinamento assistido de corridas e caminhadas. “Era o incentivo que eu precisava. Não pensei duas vezes e me inscrevi. Atualmente, praticamos corrida e caminhada em parques e praças da cidade durante uma hora e meia, três vezes por semana”, conta Nardelli.
Em setembro de 2008, a imobiliária firmou parceria com a Guana Center Assessoria Esportiva – especializada na assessoria planejada de corrida e caminhada – para treinar os funcionários e parceiros interessados nos benefícios do esporte. “O objetivo é melhorar a qualidade de vida, o rendimento e a motivação da equipe no trabalho através do esporte”, afirma Luiz Antônio Rodrigues, diretor da Lar Imóveis. Praticante de atividades como a caminhada, cavalgada e natação Rodrigues crê nos benefícios do esporte. “Acredito que o esporte faz bem ao corpo e à alma”, relata.
Paulo Santos, educador físico e personal trainer da Guana Center, ressalta a importância do esporte e do acompanhamento profissional. “Qualquer exercício físico deve ser realizado com a orientação de um especialista e após uma avaliação médica. Cada pessoa tem seu próprio ritmo e necessita de programas específicos”, explica Santos. Segundo ele, para cada aluno é montada uma planilha de acordo com o perfil e os objetivos individuais e cada cliente é orientado sobre a melhor forma de praticar os exercícios.
Para Nardelli, a prática das atividades trouxe diversas vantagens. “Aprendi a cuidar da saúde física e mental. Além da melhora do meu condicionamento físico, me sinto mais motivado e disposto para enfrentar a jornada diária de trabalho. Apertar um botão a mais do cinto também é muito bom, melhora a auto-estima”, detalha.
A parceria entre a Lar Imóveis e a Guana trainning já resultou, também, no projeto Blitz da Saúde, que consiste em oferecer treinamento, gratuito e periódico, em corrida e caminhada para a população. Durante a ação, professores de educação física e profissionais de saúde orientam o público sobre boas práticas de exercícios físicos e alongamentos, aferem pressão arterial e avaliam a massa corporal. A próxima “Blitz da Saúde Lar Imóveis” acontece no dia 02 de novembro, no Parque Ecológico Promotor Francisco José Lins do Rêgo, na Pampulha.
Determinada em proporcionar mais qualidade de vida, saúde e bem-estar para seus funcionários, a SulAmérica Seguros e Previdência possui o projeto “Atletas SulAmérica”. Na sucursal de Belo Horizonte o projeto foi lançado em setembro e já atende cerca de 20 funcionários .
“Maior integração, perda de peso, diminuição do estresse e melhoria da qualidade de vida, esses são alguns dos benefícios que o Atletas SulAmérica pode trazer para os funcionários”, explica superintendente de Recursos Humanos, Eliana Marino. O programa foi implantado no Rio de Janeiro, em 2005, e em São Paulo, em 2006, e contava com 220 funcionários inscritos.
Com a implantação nas novas praças (Belo Horizonte, Brasília e Recife) o projeto ganhou mais 80 vagas, passando para 300 o número de participantes.
Os treinamentos de corridas são feitos sob a coordenação de professores
de educação física e o programa abrange desde aprendizagem motora até exercícios
educativos, focados na correção da técnica
.


Revista Fator

MEDITAÇÃO X DÉFICE DE ATENÇÃO & HIPERATIVIDADE.


Meditação é eficaz contra défice de atenção e hiperatividade



Meditação transcendental
A técnica de meditação transcendental pode se transformar em uma forma segura e eficaz para o tratamento da síndrome de défice de atenção entre estudantes.
Segundo uma pesquisa publicada no jornal científico Current Issues in Education, a meditação transcendental, uma prática inspirada nas tradições religiosas orientais, pode ser mais eficaz do que os tratamentos baseados em medicamentos.


Transtorno do Défice de Atenção e Hiperatividade
O estudo foi feito com estudantes do ensino médio nos Estados Unidos, todos diagnosticados com Transtorno do Défice de Atenção e Hiperatividade, ou ADHD na sigla em inglês (Attention-deficit hyperactivity disorder).
Depois de três meses, nos quais os estudantes praticaram a meditação duas vezes por dia na escola, os pesquisadores registraram uma redução de 50% no estresse e na ansiedade e melhoria nas avaliações dos sintomas da hiperatividade.
"O efeito foi muito maior do que esperávamos," afirma Sarina J. Grosswald, da Universidade George Washington. "As crianças também apresentaram melhoras na atenção, na memória funcional, na organização e no controle do comportamento."


Visão dos professores
O estudo também entrevistou os professores dos alunos que participaram das sessões de meditação transcendental. Os professores relataram uma maior facilidade para dar as aulas, a transmissão de um maior volume de informações e afirmaram que os estudantes estavam aprendendo mais porque se apresentavam menos ansiosos e menos estressados.
Estudos anteriores demonstraram que crianças com transtorno do défice de atenção e hiperatividade apresentam um desenvolvimento cerebral mais lento e uma capacidade reduzida para lidar com o estresse. "O estresse interfere com a capacidade de aprendizado - é como se ele desativasse o cérebro," explica William Stixrud, outro participante da pesquisa.


Medicamentos contra a hiperatividade
Remédios contra a hiperatividade são muito eficazes para algumas crianças, mas não produzem praticamente nenhum efeito em outras. Há situações em que os medicamentos chegam a piorar os sintomas de algumas crianças. Doses maiores não fazem efeito ou trazem efeitos colaterais sérios, que incluem problemas no crescimento e problemas cardíacos.
Os pesquisadores escolheram a meditação transcendental porque ela tem se comprovado eficiente em inúmeros outros estudos com adultos. E como ela não exige grande treinamento, ou altos índices de concentração e controle da mente, a meditação transcendental está se mostrando valiosa também para aplicação em crianças, mesmo naquelas que se apresentam as mais dispersas de todas.

Diário da Saúde - do site Portal da Educação Física.

NOVIDADE NAS ACADEMIAS!











FIGURA 1 - Swing com bola
De pé, com os joelhos flexionados, erga a bola da altura dos joelhos até o alto da cabeça, ao mesmo tempo que estende os joelhos e eleva os calcanhares. O exercício ativa o corpo inteiro com sobrecarga (a medicine ball pesa 4 quilos), como acontece nos jogos com bola.
FIGURA 2 - Ziguezague na escada
Com pequenos passos, desloque-se o mais rápido possível para dentro e para fora da escada horizontal, mudando sempre de “degrau”. O exercício desenvolve agilidade e equilíbrio dinâmico, muito exigidos nos esportes de areia. “A maior parte das lesões nesses esportes acontece nas paradas bruscas”, diz D’ Elia.

FIGURA 3 - Remada em três apoios
Apoie uma das mãos e os dedos dos pés no chão, de barriga para baixo e com as pernas estendidas. A outra mão segura o elástico, preso a um ponto próximo ao chão. Puxe o elástico em direção ao ombro da mesma mão. O exercício fortalece braços e ombros, trabalhando o core, que é recrutado na corrida, no ciclismo e na natação.

FIGURA 4 - Cortador elástico
De pé, segure com as duas mãos um elástico fixado a um ponto próximo ao chão e ao lado do corpo. Puxe-o em direção à cabeça e estenda os braços para o lado oposto, girando os pés e o tronco. É preciso firmar a musculatura do abdome, do quadril e das coxas (core). Desenvolve o equilíbrio necessário para jogos como frescobol ou futebol de areia.

FIGURA 5 - Três apoios na bola
Apoie um joelho e as duas mãos na bola, com os braços estendidos, e estenda a outra perna à altura do quadril. Fique na posição por alguns segundos. O exercício trabalha o equilíbrio estático e a consciência das várias partes do corpo, necessários no surfe e no bodyboarding.
.
Reportagem do site Globo.com

A GINÁSTICA DO DESEQUILÍBRIO


Vindo das clínicas de reabilitação e dos esportes de alto nível, o treinamento funcional ganha espaço nobre nas academias. Saiba para que ele serve!


De pé, apoie-se sobre um pé só e flexione a outra perna para trás. Agache sem pôr o outro pé no chão e trate de não perder o equilíbrio. Estenda a perna de base novamente e repita o movimento dez vezes. Se achar fácil, experimente fazer o mesmo segurando entre as mãos uma bola que pese pelo menos 5 quilos. Pronto. Além de fortalecer as pernas, você está tornando seu corpo mais apto a se movimentar com equilíbrio e firmeza, seja na vida diária pura e simples, seja na prática de esportes. Essa é a proposta do treinamento funcional, um conjunto de técnicas de exercícios que faz sucesso nos Estados Unidos e agora dá sinais de que será o próximo filão das academias brasileiras.
O treinamento funcional tem duas características principais. Uma delas é a instabilidade. Plataformas que balançam e almofadas infláveis substituem o chão firme para obrigar o corpo a procurar um jeito de se equilibrar na instabilidade. Esses estímulos alcançam uma musculatura de sustentação, menos visível e mais próxima aos ossos, que não é trabalhada nos exercícios que focam apenas os músculos aparentes.
É por causa da ativação dessa musculatura (chamada de profunda ou sutil) que os entusiastas do treinamento funcional dizem que ele torna qualquer movimento mais fácil. Essas posturas fortalecem o chamado core, um conjunto de músculos que sustentam o esqueleto na região do abdome, do quadril e das coxas, também priorizado pelo Pilates. A instabilidade também pode vir dos acessórios e das máquinas funcionais, que diferem dos aparelhos da ginástica e da musculação tradicionais por exigir que várias partes do corpo trabalhem ao mesmo tempo e em direções variadas.
A outra característica essencial do método é a especificidade. Ele é usado para preparar o corpo para a prática de diferentes modalidades esportivas, com movimentos parecidos com os do próprio esporte. Um jogador de tênis pode incluir no treinamento movimentos iguais aos de suas jogadas, incluindo os giros de joelhos e tronco, em vez de apenas fortalecer cada grupo muscular isoladamente.
As academias estão investindo na novidade de formas diversas. A paulistana Bio Ritmo está instalando em todas as unidades da rede um maquinário que dividirá o espaço com os equipamentos tradicionais da musculação. São aparelhos com polias que giram em todas as direções e sistemas mais articulados que permitem uma variedade maior de movimentos. A Bio Ritmo diz que o aluno não pagará nada mais por isso. A Competition tem, há quatro meses, uma sala exclusiva para exercícios desse tipo, em grupo, usada apenas por quem compra o serviço adicional. A Body Systems, franqueadora neozelandesa de aulas padronizadas, lançou no fim do ano passado o Core 360o, um programa de capacitação em treinamento funcional para profissionais de educação física baseado no uso de acessórios leves e relativamente baratos, como bolas, elásticos e cordas. Mas será que esses exercícios são bons para todo mundo? Na visão de Eduardo Netto, da carioca A! Body Tech, quem mais se beneficia deles são os atletas e as pessoas com alguma limitação motora, como os idosos, que precisam de um preparo extra para subir escadas ou se abaixar com facilidade. Patrícia Lobato, da Cia Athletica, diz que lá o treinamento funcional é proposto como complemento ao tradicional. “Ele ensina o corpo a pedir ajuda aos músculos menores, e isso torna qualquer movimento mais fácil”, afirma. Luciano D’ Elia, um dos maiores responsáveis pela disseminação do método em São Paulo, diz que quem faz apenas musculação e alongamento está com a musculatura forte e alongada, mas não necessariamente tem agilidade e habilidade para saltar, rebater ou derrapar na areia numa partida de frescobol. A promessa do treinamento funcional é que ele torne o corpo todo mais preparado para desafios como esses.
Nem todo mundo está tão confiante nessas promessas. Carlos Ugrinowitsch, professor da Escola de Educação Física e Esporte da USP e ph.D. pela Brigham Young University, dos Estados Unidos, é um dos céticos. Ele trabalha numa universidade americana e lá observa que o mercado trata o treinamento funcional como santo milagroso. “Não é isso tudo”, diz ele. Há na literatura evidência de que a instabilidade ajuda na recuperação de lesões, mas não há evidência de que ela sirva para prevenir as lesões, como tem sido apregoado. “Essa área ainda é muito empírica. Estamos no começo dos estudos”, diz Ugrinowitsch.
Reportagem do site Globo.com

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

História da Educação Física - Parte 01



Histórico do Surgimento da Educação Física


"A história da Educação Física começa com os chineses, hindus, egípcios, persas e mesopotâmicos e com os gregos e romanos assume maior precisão em face de um conhecimento melhor das condições de sua civilização. A Idade Média é o período de obscuridade da Educação Física que ressurge com o movimento conhecido sob a denominação de Renascença. Os períodos moderno e contemporâneo são os mais ricos em informação e constituem muito razoavelmente o de maior interesse para nosso estudo.
Marchar, trepar, correr, saltar, lançar, atacar e defender, levantar e transportar são movimentos desenvolvidos pelos homens pré-históricos. Possuíam grande resistência nas longas caminhadas e marchas, velocidade nas corridas, precisão nos arremessos e força nos braços e pernas, o que lhes garantiam extraordinário desenvolvimento muscular. As horas de ócio destes homens foram preenchidas de acordo com as necessidades de sobrevivência.
Mais ou menos 3 mil anos a.C. os chineses desenvolveram a caça, a luta, o arco e a flecha, a esgrima de sabre, danças e um jogo de bola. Datam também deste período os exercícios físicos com finalidades higiênicas e terapêuticas, o Cong Fou que designa o homem que trabalha com arte, o Ginasta.
Entre 1122 e 255 a. C. as atividades físicas e as práticas desportivas ganham grande popularidade, como a luta, o tiro ao arco, a equitação e a dança das espadas, introduzida tanto nas escolas como no exército.
Os hindus também realizavam exercícios corporais e as práticas higiênicas, as atividades físicas mais populares realizadas na índia eram as corridas, equitação, caça, natação e box. As atividades físicas praticadas pelos japoneses eram a natação, equitação, esgrima, ginástica médica e as manobras de massoterapia, as duas últimas como prova da forte influência que os chineses e hindus exerciam sobre os japoneses.
No período feudal, a ginástica se populariza, caracterizada por exercícios sem aparelhos, de flexibilização, destreza e exercícios realizados com um grosso bambu de 2 metros. Além destes, a marcha, a corrida, o salto e os exercícios de equilíbrio encontraram grande aceitação assim como o Jiu-Jitsú que se tornou um sistema nacional de cultura física.
Entre os povos do Oriente, podemos citar os egípcios que realizavam exercícios gímnicos e acrobáticos, arco e flecha, corrida, salto, arremessos, equitação, esgrima, luta, box, natação, remo, corridas de carro e dança.
Os assírios e caldeus eram extremamente cruéis, cultivavam a força física, a destreza e a resistência. Realizavam longas marchas, rápidas corridas, manejavam o arco e flecha, arremesso de lanças, lutas, equitação, natação e canoagem.
Os hebreus usavam armas e lutavam, utilizavam arco e flecha, lanças e espadas. Os medas e persas ensinavam as crianças a montar a cavalo, atirar com arco e flecha e a arremessar com o dardo. Já os fenícios primavam pela prática da natação, o manejo do arco e flecha, o arremesso de lanças, caça e a luta. Os cretences eram apaixonados pelos exercícios de força, velocidade, corrida à pé, box e touradas.
Na Grécia Antiga o Plano educacional elaborado por Platão, precursor da Eugenia, estabelecia que os jovens praticariam a ginástica entre 6 e 17 anos de idade. Entre os 17 e 20 anos eram submetidos aos exercícios militares. Aristóteles segue a mesma linha de raciocínio de Platão, defendendo a formação do corpo antes do espírito devendo então os jovens praticarem a ginástica e a pedrotríbica que se limitavam aos exercícios mecânicos, portanto o ginasta poderia ser considerado um teórico enquanto que pedrotriba, um prático. Neste período os jogos eram importantíssimos na vida do povo grego e realizados em todas as cidades tendo como centros:Olímpia, Deltos, Neméia e o Istmo de Corinto.
No caso dos Jogos Olímpicos que duravam 7 dias DURANT (1943) citado por MARINHO (1971):
Somente os cidadãos gregos por nascimento podiam participar dos Jogos Olímpicos. Os atletas eram selecionados mediante concursos eliminatórios que se celebravam nas localidades e na cidade, depois que eram submetidos a dez meses de treinamento rigoroso sob a direção do paidotribai e gymnastai...”
Não há uma data certa sobre a realização dos primeiros Jogos Olímpicos organizados pelo povo grego, que podem ter ocorrido em 1.300 a.C. ou 1.479 a.C. Já as primeiras Olimpíadas foram realizadas em 776 a.C.
Segundo MARINHO (1971) outro povo de bastante destaque foram os Romanos. Sua história pode ser dividida em organização monárquica, vigência, republicana e constituição do império. Os romanos praticavam exercícios físicos pela realização de jogos e pequenas tarefas agrícolas e militares. A ginástica foi muito combatida pelos romanos que achavam imoral e repulsiva a nudez dos ginastas e atletas.
Enquanto os gregos tinham uma preocupação estética com a prática de atividades físicas, os romanos tinham finalidades apenas militares. Assim como os gregos os romanos também realizavam grandes jogos denominados circenses. A princípio as corridas de cavalos eram as mais célebres, cedendo com o tempo lugar para os combates de gladiadores. Os jovens adestravam-se diariamente com exercícios militares que compreendiam: marchas ligeiras ou de resistência carregados com armas e víveres, corridas, saltos, exercícios de natação e remo e um jogo com bola chamado de esferomaquia, muito parecido com o futebol.
O circo foi algo similar ao hipódromo grego. Nele se praticavam as corridas de velocidade e resistência, lutas e se exibiam os desultórios. Destes espetáculos onde se exibiam a destreza, vigor físico e habilidade nos combates eqüestres originou-se as lutas dos gladiadores, entre si ou com feras, que culminaram no período da decadência do Império Romano. Os estádios abrigavam as competições e lutas atléticas, estas introduzidas em Roma no ano de 186 a.C.
Para MARINHO (1971): “Assim como os gregos, Nero estabeleceu uma festa na qual se desenvolviam concursos de ginástica, canto, música, poesia e eloqüência...” Os Jogos Capitolinos parecidos com os Jogos Olímpicos eram realizados de 4 em 4 anos com competições e exercícios ginásticos, atléticos, eqüestres e musicais. Este grande império tem sua decadência com a invasão de hordas de bárbaros que saquearam Roma.
Durante a Idade Média a Educação Física se torna inexpressiva por conta do Cristianismo que pregava a conquista de uma vida celestial. Com as cruzadas organizadas pela igreja nos séculos XI, XII e XIII a preparação militar era feito pelo adestramento dos cavaleiros, a esgrima, o manejo do arco e flecha e as marchas e corridas a pé.
Se na Idade Média, a educação era excessivamente rígida e repressora com relação ao corpo, o Renascimento concede devida atenção à higiene e aos exercícios físicos, com a prática da ginástica, jogos, esgrima, natação, equitação, corrida, lutas, longas marchas, exercícios de resistência ao frio e ao calor, harmonizando como faziam os gregos o corpo com o espírito."

História da Educação Física - Parte 02



Histórico da Introdução da Educação Física no Brasil




"A história da Educação Física no Brasil é muito rica, principalmente por estar intimamente ligada à política educacional adotada por cada governo, criando assim, de acordo com o período político um tipo de educação física. Em seu processo de introdução a Educação Física contou com a contribuição de vários setores diferenciados da sociedade como os colonos, imigrantes, militares, isto em diferentes momentos e partes do país, com o objetivo de proporcionar o lazer, a formação corporal, e a disciplina, utilizando jogos, exercícios físicos, recreações e competições. A intenção não é aqui transformar as informações obtidas através da revisão de literatura feitas uma verdade absoluta sobre esta história. É importante observar todo o contexto político, econômico e social que atua diretamente na definição dos rumos da Educação Física, o objetivo aqui é, respeitando a opinião de cada autor citado tentar compreender e interpretar os fatos.
Segundo ROMANELLI (1978) citada por GONÇALVES e YAMAMOTO (2002)
“A organização da educação em determinada sociedade é, antes de tudo, um problema de ordem política. Essa afirmação decorre do fato de que a organização se faz através da legislação, e esta, votada pelo legislativo, ou apenas decretada pelo executivo, dependendo sempre do poder real de quem a vota ou decreta e da representação própria desse poder e emana das camadas sociais existentes”.
Outra questão relevante é como o corpo é visto, trabalhado, utilizado pelo governo no sentido de disciplinar ou transformar a sociedade, através da prática diária da atividade física. Segundo afirmação de BRUEL (1990) citada por BASTOS (2002):
“Não é apenas o corpo que entra em ação pelo fenômeno do movimento, é o homem todo que age, que se movimenta...A Educação Física não deve prender-se na compreensão restrita do movimento, mas entender o seu significado na relação dinâmica entre o ser humano e o meio ambiente... Há uma extrema coerência entre o que somos, pensamos, acreditamos ou sentimos, e aquilo que expressamos através de pequenos gestos, atitudes, posturas ou movimentos mais amplos”.
Para iniciar este histórico, é necessário retroceder ao Descobrimento do Brasil em 1500, mais precisamente em 1549 quando do desembarque da frota de Tomé de Souza, Padre Manoel da Nóbrega e outros jesuítas na baía de Todos os Santos. Os índios brasileiros que habitavam o Brasil no século XVI se entregavam de forma natural à prática de atividades físicas, não com a consciência dos seus benefícios para a saúde ou higiene, mas sim, por mera questão de sobrevivência. Caçavam, pescavam, lutavam, utilizavam arco e flecha, tacape, canoas, nadavam, mergulhavam, corriam e algumas tribos faziam uso dos cavalos, todas estas atividades com muita destreza. Tinham a consciência que na luta pela existência era preciso ser forte para garantir a sobrevivência.
Fazia parte destas atividades também a dança, não só aqui no Brasil com os índios, mas em toda a sociedade primitiva. Era através das danças, parte essencial da vida dos povos, que estas sociedades cultuavam seus deuses, faziam orações, pedidos e agradeciam por benefícios recebidos. Historicamente, a dança é uma satisfação primária, como o alimento quando estamos com fome, o movimento é necessário para o nosso organismo. Segundo Ted Shawn citado por MARINHO (1971)
“Dançamos porque o homem primitivo dançou e o homem primitivo dançou porque seus antepassados, os animais também dançaram e porque acredita que a dança possa assegurar-lhe sucesso nesses acontecimentos tão necessários para ele, assim como a caça; e finalmente, encontramos isso em todas as grandes religiões do mundo, onde a dança é o melhor meio de expressão.”
Com a vinda dos jesuítas e a fundação de seus colégios os índios que estavam sendo catequizados faziam aulas de manhã e tinham a tarde toda para dar vazão aos seus instintos.
No século XVI, os negros bantus, gegês, negros nagôs, negros haussas trazidos para o Brasil pelos portugueses em número considerável procedentes de Angola, Congo, Benguela, Cabinda, Mossâmedes, África Ocidental, Moçambique e da Quelimânia para trabalharem nas lavouras de cana-de-açucar, nas minas, aos encargos domésticos dos senhores brancos se fixaram no Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco e criaram nas senzalas a capoeira, uma rixa ardilosa muito criativa e ritmada. Estes movimentos criados pelos negros serviam para sua auto defesa em relação aos capatazes.
Os escravos que conseguiam escapar das senzalas se refugiavam nos Quilombos onde desenvolveram a capoeira sem a utilização da música. Quando eram recapturados ensinavam aos negros que ainda estavam na senzala os golpes aprendidos. Para mascará-la os escravos inseriram a música, oriunda da África para dar a impressão aos senhores de engenho que estavam praticando uma espécie de dança e não uma luta. Em 1891 a capoeira foi proibida tendo sua prática liberada apenas em 1945 por um Decreto Lei do então Presidente Getúlio Vargas."

História da Educação Física - Parte 03



A Educação Física no Brasil Império


"Chega-se ao Brasil Império e começam a aparecer os primeiros documentos escritos tratando da Educação Física, enfocando principalmente os conceitos de higiene. D. Pedro II, defensor dos exercícios físicos, presidiu diversas conferências na então Escola Normal defendendo o tema. Nesta época a educação era dividida em educação intelectual, moral e física. A Educação Física deste período tem como principal preocupação a melhoria da saúde e da higiene da população, com marcante presença de doutrinas naturalistas, nacionalistas e militares. Conforme citação de NISKIER (1996) “...a medicina mereceu por parte de D. João grande atenção, criando em 1808 na cidade de Salvador o Colégio Médico-Cirúrgico da Bahia, instalado no Hospital Militar...”
O caminho da Educação Física é definido, seu espaço delineado e seu campo de conhecimento delimitado, ela então se torna um instrumento de ação e de intervenção bastante valioso na realidade educacional e social. A Educação Física surge como um sinônimo da saúde física e mental, é eleita a promotora da saúde, regeneradora da raça, das virtudes e da moral. Os médicos higienistas brasileiros contribuíram em muito para a construção de uma nova política econômica e social, já que o Brasil carecia de um “novo homem”.
Depois que o Governo Real se transferiu da Bahia para o Rio de Janeiro, o ensino militar passou a receber maior atenção. Em 1808, D. João VI cria a Academia da Marinha e 04 de dezembro de 1810, a Academia Real Militar da Corte responsável pela formação do oficialato do Exército Brasileiro e onde deveriam ser ministrados os seguintes cursos: Ciências Matemáticas, Ciência das Observações, Física, Química, Mineralogia, Metalúrgica, História Natural e das Ciências Militares. A Escola passou por várias reformas e modificações e se chamou também Academia Real Militar, Academia Militar da Corte, Escola Militar, Escola Central e Escola Politécnica.
Em 1821 Dom João VI retorna à Portugal deixando D. Pedro como Príncipe Regente. Em 1822 D. Pedro declara a Independência do Brasil e se torna o primeiro Imperador do Brasil com o título de D. Pedro I.
A primeira manifestação de caráter oficial da Educação Física no Brasil foi anotada em 04 de Junho de 1823. Era uma proposta da Comissão de Instrução Pública apresentada pelo Deputado pela província de Minas Gerais o Padre Belchior Pinheiro de Oliveira à Assembléia Geral Constituinte. Como a matéria foi considerada urgente, se transformou em Projeto de Lei, recebeu várias emendas, mas não retornou ao plenário. Em 1828, Joaquim Jerônimo Serpa que compreendia por educação a saúde do corpo e a cultura do espírito lança em Pernambuco a primeira obra especializada em educação física publicada no Brasil, com o título de “Tratado de Educação Física e Moral dos Meninos” tinha como base noções de higiene e puericultura. Outras obras escritas e lançadas em Portugal foram enviadas ao Brasil como o “Tratado de Educação Física e Moral” de Luiz Carlos Munis Barreto, “Tratado de Educação Física dos Meninos” de Francisco Melo Franco e “Tratado de Educação Física” de Francisco José de Almeida.
Antes disso algumas publicações sobre Educação Física foram lançadas em Portugal e trazidas para o Brasil conforme citação de SOEIRO (2003)
“...Tratado de Educação Física e Moral” de Luiz Carlos Muniz Barreto, publicada em 1787; “Tratado de Educação Física dos Meninos” para uso da nação portuguesa, com 12 capitulos, de Francisco Melo Franco, em 1890, “Tratado de Educação Física” de Francisco José de Almeida, em 1891...”.
Em 25 de março de 1824 foi aprovada a Carta Constitucional contemplando a questão do ensino pelo Art 179, nos parágrafos XXXII: “A instrução primária é gratuita a todos os cidadãos” e XXXIII: “A Constituição garante colégios e universidades, onde serão ensinados os elementos das ciências, belas letras e artes”, segundo citação de NISKIER (1996).
A Lei Geral de 15 de outubro de 1827 institui o ensino primário para o sexo feminino e a primeira escola normal construída no Brasil aparece em 1830 em Niterói, nos anos seguintes outras escolas seguem este exemplo como a Bahia, o Pará, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso, e Goiás. Em 1831 D. Pedro I abdica em favor de seu filho D. Pedro II, na época com apenas 8 anos de idade, que só se torna Imperador do Brasil em 1840 quando completou 14 anos de idade.
Ainda em 1832, o deputado Martim Francisco Ribeiro de Andrada, defende na comissão de definição da Assembléia Constituinte um projeto sobre educação da sociedade que recebeu emenda de José Mariano de Albuquerque Cavalcante sugerindo uma premiação para quem apresentasse um plano de Educação física, moral e intelectual (SOEIRO 2003). Segundo AZEVEDO (1996) neste mesmo ano
a Academia da Marinha e a Academia RealMilitar se fundem numa só instituição de engenharia militar, naval e civil com os seguintescursos: A) curso de matemática, de 4 anos; b)curso militar, de 2 anos; c) curso de pontes ecalçadas, de 2 anos; e d) curso de construçãonaval, de 2 anos. Dessa instituição, por sucessivos desmembramentos, é que se destacam,em 1833, em 1858 e em 1874, para constituíremescolas superiores autônomas, três grandesescolas: A Escola Militar, a Escola Naval e aEscola de Engenharia do Rio de Janeiro. Em1833, revoga-se o regulamento de 1832 e desliga-se a Academia Naval da Academia Militar que se mantém com 2 cursos até 1839,quando passa a denominar-se Escola Militar comuma nova organização.”
Em 1837 o Deputado baiano Antonio Ferreira França apresentou à Câmara um Projeto em favor da cultura e da instrução onde indicava a inserção da “ginástica e defesa do corpo” entre outras cadeiras no programa das escolas de primeiras letras.
Em 1845 o Dr Manoel Pereira da Silva Ubatuba apresenta à Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro o trabalho “Algumas considerações sobre a Educação Física” demonstrando a necessidade e a importância do moral sobre o físico e vice-versa. Em 1846 Joaquim Pedro de Melo defende a tese “Generalidades acerca da Educação Física dos meninos”. Mas a atividade física somente passa a fazer efetivamente parte dos programas escolares da Corte em 1851 por obra do ex-deputado e então Ministro do Império, Luiz Pedreira do Couto Ferraz com a chamada Reforma Couto Ferraz. Sua regulamentação foi expedida três anos depois e entre as matérias a serem obrigatoriamente ministradas estavam a ginástica no primário e a dança no secundário, mas somente nas escolas da corte.
O Ato Adicional da Reforma Educacional dizia que tanto a educação primária como a secundária ficariam a cargo das províncias e o ensino superior a cargo da administração nacional, portanto cada Província, hoje Estado, adotavam as disciplinas que melhor se adaptavam às necessidades do período. Neste sentido em 1852, Toureiro Aranha, Presidente da Província do Amazonas determina que em seu programa escolar constará a Educação Física, que seria ministrada também, para o grupo feminino, respeitando suas peculiaridades. O Inspetor Geral da Instrução Pública do Município da Corte fazendo uma viagem pelo país, demonstra sua preocupação com a continuidade da prática da ginástica na escola secundária, principalmente pela falta de estrutura das escolas.
Em 1854 a ginástica passa também a fazer parte do programa da escola secundária, realizada no Colégio Pedro II, localizado no Rio de Janeiro, criado em 1739 com o nome de Colégio dos Órfãos de São Pedro. Somente em 1837 por iniciativa do Secretário e Ministro do Império, Bernardo Pereira de Vasconcelos e por ocasião da comemoração dos 12 anos do Imperador é que o Colégio dos Órfãos passa a se chamar Colégio Pedro II.
Em 1860 foi introduzida no Brasil a Ginástica Alemã na Escola Militar, antiga Academia Real Militar da Corte, segundo citação de MELO (2000) “... influenciada principalmente pelo grande número de migrantes alemães que no Brasil continuavam com seus hábitos gímnicos e fundamentalmente da Guarda Imperial, na força militar brasileira que possuía raízes austríacas devido a influência de nossa imperatriz..”.
A Ginástica Alemão utilizava a ginástica aérea de aparelhos, a barra fixa, a barra paralela, o trapézio e as argolas. Isto ocorre particularmente a partir de Friederich Ludwig Jahn que entendia que a prática da ginástica deveria ter características militares com o objetivo de manter o povo forte e saudável, afirmando espírito cívico e patriótico. Reforçando esta influência temos como instrutor de Ginástica na Escola Militar o alemão Pedro Guilhermino Meyer, alferes do estado maior da 2ª classe.
A inserção das atividades físicas no Colégio Pedro II ocorre seguindo o exemplo dos colégios europeus que já utilizavam o discurso dos médicos para justificar a presença dos exercícios ginásticos nas instituições escolares. As aulas eram realizadas em seis dias da semana por 1 hora. O primeiro mestre de “gymnástica” deste colégio foi o Militar, ex-Capitão do Exército Imperial Guilherme Luiz de Taube. Já no final do século XIX começam a surgir as resistências quanto à utilização deste método na sociedade brasileira iniciada pelo Dr. Eduardo Augusto Pereira de Abreu.
Em 1870 a ginástica passou a ser matéria obrigatória em todas as escolas, mesmo tendo sido recebida com muita resistência principalmente no que dizia respeito à sua prática pelas meninas. Em 1876 são criadas no Município da Corte duas Escolas Normais, uma para cada sexo. O objetivo destas escolas era a preparação de professores para a instrução primária, tendo o curso três anos de duração.
No primeiro ano a ginástica era composta de exercícios graduados sem instrumentos, no segundo ano com instrumentos e também princípios gerais de Educação física, intelectual, moral, religiosa e cívica. Já em 1880 as escolas possuíam exercícios disciplinares, movimentos parciais, exercícios ginásticos, equilíbrios, exercícios pírricos, marchas, corridas e saltos.
Mais uma prova da forte presença dos militares no meio civil é a nomeação do Capitão Ataliba M. Fernandes como professor de Ginástica na Escola Normal em 1881.
Segundo citação de SOEIRO (2003)
“... Pelo decreto n.º 330, de 12 de abril de 1890, fica determinado que nas Escolas Militares da capital federal e do Rio Grande do Sul haveria uma sala d’armas, campo de exercícios e linha de tiro, picadeiro, barca e demais aparelhos necessários aos ensino da natação, trem de pontes, ferramentas e utensílios para os trabalhos de guerra.
Em 1886, Pedro Manoel Borges publica um “Manual Teórico-Prático de Ginástica Escolar” destinado às escolas públicas, colégios, liceus, escolas normais e municipais. Segundo MARINHO (1971), Pedro Manoel Borges “... demonstra a necessidade da Educação Física desde o berço e a sua importância para o indivíduo, transcreve uma série de preceitos higiênicos a serem observados na sessões, muitos dos quais ainda tem aplicação hoje. Cogita das noções anatômicas e antropométricas que devem ser ensinadas aos alunos, a partir dos dez anos.”

Ser Jovem - na visão do Papa João Paulo II.


" É próprio da condição humana e, particularmente, da juventude bsucar a Absoluto, o sentido e a plenitude da existência. Amados jovens, não vos contenteis com nada menos do que os mais altos ideais! Não vos deixeis desanimar por aqueles que, desiludidos da vida, se tornaram surdos aos anseios mais profundos e autênticos do seu coração. Tendes razão para não vos resignardes com diversões insípidas, modas passageiras e projetos redutivos. Se mantiverdes com ardor os vossos anelos pelo Senhor, sabereis evitar a mediocridade e o conformismo, tão espalhados na nossa sociedade."



Papa João Paulo II

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

COMO TUDO COMEÇA... Jovens Sarados!

Ser jovem, ser bonito, ser bonita... quais as preocupações que devemos ter?

"Gosto muito da expressão jovens sarados, até porque sarado é uma palavras extremamente jovem. E quando falamos em jovem, logo pensamos em algém saudável, cheio de vida, forte, inquieto, agitado, repleto de idéias e ideais. Ao unir as duas expressões, temos uma definição bonita para jovens e, ao mesmo tepo, um lindo ideal de vida.

O Jovem precisa querer ser sarado. Hoje em dia existe grande preocupação com a saúde física. O jovem é capaz de passar horas nas academias, fazer exercícios várias vezes ao dia, descobrir alimentos concentrados e ricos em vitaminas. Tudo isso para ter um corpo sarado, bonito, cheio de músculos e sem as terríveis gorduras localizadas.

O Jovem quer ser sarado, mas não lhe basta essa preocupação com o físico: hoje vemos jovens machucados em seus relacionamentos, com sua dimensão afetiva estragada. O relacionamento familiar é o melhor reflexo dessa doença afetiva, que também se evidencia nos relacionamentos amorosos. O namoro de muito jovens não passa de uma permissão para "passar dos limites". Falta crescimento, diálogo, partilha. É preciso ajudar a "SARAR ESSA DIMENSÃO", até porque uma das consequências mais terríveis dos estragos das dimensões afetivas e psiquica está na dependência química.

O jovem pode ser sarado, e aqui falo também da dimensão espiritual. Sem ela, é impossível abandonar um vício, por menor que seja. Somente um coração alimentado pela fé verdadeira pode tornar-se um coração sarado. Sem a Experiência de DEUS, tudo não passa de teoria, como vai nos lembrar João Paulo II. "


Trechos do livro "Jovens Sarados" - Padre Leo - da Canção Nova.

Seguidores